domingo, 27 de dezembro de 2009

Homomento, lebismento, gaymento

Afecto e carinho são atenções que o comum dos mortais necessita no seu dia a dia e com especial incidência no início e final de vida, sendo por vezes nesta última fase difícil ter por perto quem sempre os acompanhou.
Devido à força da natureza no que respeita à proliferação das espécies, os humanos e não só, são dotados de mais fêmeas do que machos, daí resultando a impossibilidade da constituição exacta do número de pares. Quando nos bailes ou festas se vêem duas mulheres abraçadas a dançarem ninguém liga, o que já não se admite quando são dois homens a fazer o mesmo, excepto no Carnaval que é uma época de escape para muita coisa. Também a condenação é menor se for um homem a trocar a mulher por outra ou ter uma amante, do que ser a mulher a usufruir de mais que um parceiro, pois a oferta em termos de fidelidade está longe de chegar a todas.
Havendo um grande leque de escolha por onde o homem possa encontrar carinho e compreensão, é difícil entender a não ser por uma deficiência hormonal, o porquê de ir buscar esse bem estar a alguém do mesmo sexo e ainda por cima pretender impor à sociedade alicerçada nos valores da família uma cerimónia de casamento. Na palavra casamento subentende-se de imediato que é a fidelização de um casal com sexos opostos. Ao referimo-nos a um casalinho de pombos ou quando vamos a uma loja comprar um casal de canários ou periquitos não nos passa pela cabeça que nos interpretem de forma a que nos estivéssemos a referir a um par com o mesmo sexo.
Se os homossexuais ou lésbicas pretendem perpetuar e legitimar o seu bom entendimento, que o façam de forma a não criarem perversamente choques com a sociedade. Preocupem-se em arranjar outro nome e indumentária para essa cerimónia e então a vertente brasileira do português que é tão fértil em inventar nomes só tem que fazer um pequeno esforço. Tudo leva a crer que propositadamente querem posteriormente ser tratados como casados e não como “homocados” ou “lesbicados” pois dessa forma, parece ser ideia deles, lhes facilita a tarefa para o passo seguinte que passa pela adopção de crianças, o que constituirá mais uma aberração da raça humana.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Velhice, um mal necessário

Todos os seres vivos, ou quase todos, estão condenados a atravessar um período de velhice até morrerem. É um final de vida caracterizado por uma perca progressiva de faculdades, que leva a certa altura os humanos a fazer comparações do seu aspecto actual com o de outras imagens, em que aparecem mais novos e nas quais as diferenças de dez anos apresentam sinais de decadência: cabelo a desaparecer, já para não falar de alguns dentes, além do aparecimento de gordura supérflua e também de se desenharem no rosto umas rugas, que até por vezes causam dificuldade em serem reconhecidos por outras pessoas que não vêem há alguns anos.
Somos levados a pensar, que não seria pedir muito que a partir dos sessenta anos o nosso corpo à excepção dos órgão internos, ficasse sempre na mesma até morrermos. Enfim, saberíamos que o resto da vida que nos estava destinado, até que os órgãos essenciais assim o permitissem, seria sempre gozado com a mesma qualidade: sem cataratas a dar cabo da nossa vista, tímpanos a definirem bem qualquer som , dentes sem apodrecerem, pele no limite do envelhecimento e ossos fortes.
No entanto é a procriação e o instinto animal para tal, que nos condena e faz com que transmitamos para outros parceiros os sinais de senilidade. Com oitenta anos por exemplo e ter um aspecto de sessenta, caía-se no risco de causar uma atracão a uma faixa etária mais nova (o que por vezes já acontece a quem procura velhos ou velhas com dinheiro), resultando daí um desvio anormal de acasalamentos, pondo em causa a sobrevivência da espécie. É fácil perceber se pensarmos numa flor e se ela não entrasse no processo de velhice, isto é se não murchasse e ficasse sempre viçosa até morrer. Muitos insectos, por exemplo as abelhas, seriam enganados ao desperdiçarem esforços à procura do pólen que já não existia criando por via disso um ciclo estéril, nada benéfico para o equilíbrio deste frágil planeta. Também temos seres que após atingirem o clímax ao contribuírem para a perpetuação da sua espécie, vão ao extremo de morrerem ou serem mortos resumindo desta forma a razão do seu aparecimento na terra.
A nós resta-nos desfrutar o lado bom da vida tal como ela é, mas infelizmente nem só velhos são os trapos por mais que nos queiramos enganar.

sexta-feira, 20 de novembro de 2009

O pior desastre da aviação

Não me lembro absolutamente de nada. Pergunto-me como é que uma tragédia de tal dimensão, onde pereceram 583 pessoas para além de feridos graves, não me ficou na memória ainda por cima envolvendo os nossos vizinhos (Canárias). A única explicação que encontro, é a de que no ano em que ocorreu o desastre, também é o mesmo ano do meu casamento. A uns meses antes de casar é um período em que nos portamos de uma forma em que parece que o mundo se resume ao nosso enlace e tudo gira à volta dele. Provavelmente é o que se passa com todos nós, quando existe um acontecimento marcante parece que mais nada de especial se passou, ou então servimo-nos dessa data para balizar outros factos que ocorreram connosco. Por exemplo quando referenciamos 1998 lembramo-nos logo da Expo, ou o Campeonato Europeu de Futebol no caso de 2004.
Voltando à tragédia, ela é relatada numa excelente produção do Canal Discovery e foi emitida pela RTP1 já depois da meia-noite. Mais uma vez é feito o relato com uma mistura de imagens reais com outras ficcionadas, complementadas com os depoimentos de tripulantes e passageiros sobreviventes.
A quem não viu este programa, fica aqui um endereço que expõe em sequentes parágrafos o desenrolar dos acontecimentos começados por um atentado terrorista, que levou a uma devastação que nem o maior cérebro destruidor conseguiria planear.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Desastre_a%C3%A9reo_de_Tenerife

sábado, 24 de outubro de 2009

A terrível e perversa decisão de Churchill

A verdade da História pode ser contada ou omitida conforme esta melhor sirva os interesses das nações. Muito se falou de Pearl Harbor e filmes se fizeram sobre as batalhas com os japoneses até ao culminar do lançamento das duas bombas atómicas.
O que a RTP2 apresentou esta quinta-feira e repetiu hoje, foi o “Pearl Harbor” francês onde morreram milhares de marinheiros franceses. Este foi executado às ordens de Churchill, que não acreditando na palavra dada pelo Almirante francês Darlan, (que nunca deixaria que a sua frota ficasse na posse dos alemães), mandou a sua armada afundar a frota francesa estacionada a em Mers-El-Kebir (Argélia na altura colónia de França), com medo que os navios caíssem em poder dos alemães, que entretanto já tinham invadido o norte de França. Churchill tinha resolvido fazer um ultimato à França para que esta deslocasse os seus navios para junto da frota britânica senão seria afundada. Naturalmente os franceses se sentiram ofendidos e ainda por cima estando a sua palavra de honra em causa, pelo que consideraram o ultimato entregue por um oficial subalterno a um almirante francês como uma grande ofensa e pediram satisfações aos altos signatários ingleses. Surpreendentemente para os incrédulos franceses, para quem os ingleses no dia anterior eram amigos e aliados, receberam a resposta com fogo de canhões sobre navios encurralados no porto. Ironicamente mais tarde, provando a lealdade francesa e no cumprimento da sua palavra, quando os alemães se dirigiram para o sul de França afim de se apoderarem da restante armada francesa, os próprios franceses sabotaram e mandaram os navios ao fundo. Como não podia deixar de ser, o povo britânico foi de tal forma intoxicado com propaganda sobre as má intenções dos franceses, que acabaram de fazer manifestações de grande apoio à atrocidade cometida por Winston Churchill.
Excelente este documentário do Channel 4 que mais uma vez soube interligar imagens reais com imagens ficcionadas, estas também baseadas em factos reais e comentadas por intervenientes dos dois paises.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ACP, um partido de alguns automobilistas?

Por muito legitimas que sejam as razões do Sr. Carlos Barbosa quanto às criticas que faz sobre a gestão da Câmara Municipal de Lisboa, é de um desplante e de uma falta de respeito para com os sócios do ACP em servir-se da Revista deste Club para ao longo destes meses andar a fazer campanha política. É uma publicação que como qualquer outra tem custos e as suas páginas têm de ser criteriosamente seleccionadas e a sua quantidade que normalmente é restrita, ainda tem de ser patrocinada por outras repletas de publicidade.
O clímax destes desaforos foi atingido este mês após uma eleição em que por acaso o alvo desse massacre até ganhou a maioria, o tal que o artigo presenteia com o mimo “António Costa prejudica entradas em Lisboa por incompetência”. Serviram-se da sensibilidade que as crianças suscitam, para canalizarem dinheiro em várias páginas com fotografias dos pais nos seus bólides em filas de trânsito para as deixar mesmo à porta dos colégios particulares, os tais só para pessoas com rendimentos acima da média que claro transportes públicos nem vê-los, que é o que utilizariam se estivessem num outro país civilizado da Europa, onde se procura perseverar o ambiente.
Durante estes meses, uma Revista que se supõe servir os automobilistas de todo o território nacional, deverá ter causado certa estranheza aos habitantes do Porto, Coimbra ou Faro, que os seus problemas não sejam relatados. Impecáveis devem ser as Câmaras do PSD a tratarem da fluidez do tráfego.
Se o Presidente deste Club, que nitidamente é uma pessoa que estaria mais enquadrada na direcção de um partido político, concentrasse toda a atenção em defender o interesse de todos os sócios é o que nós tínhamos a ganhar, evitando por exemplo, que fossemos de cavalo para burro ao deixar os descontos da Repsol que claramente nas nossas estradas tem maior implementação que a BP.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

A Estranha Em Mim

Um bom filme de suspense onde mais uma vez Jodie Foster interpreta um papel à sua medida. Como é costume sem par amoroso, apesar de no início deste, ela desempenhar cenas amorosas sem percebermos se em algumas foi substituída por uma dupla. Não fugindo à regra, de praticamente em todos os seus filmes se apresentar como um alvo fácil e frágil para os criminosos revela-se depois uma mulher forte, valente e destemida. Sabe bem seguir este thriller que até ao fim nos deixa na expectativa de como Erica Bean, uma contadora de histórias de grande audiência na rádio, consegue levar a bom porto a sua missão de vingadora nas horas vagas.
Curioso o curto aparecimento de Mary Steenburgen que faz o papel de chefe de produção do referido programa e que nos leva a pensar em quão efémera é a vida de uma actriz em papéis principais, pois sofrem uma forte concorrência. Ultimamente vimo-la em outro papel secundário com Sandra Bullock, na Proposta, mas é mais recordada no Regresso ao Futuro III, em que aparece como namorada do professor.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Concenso, procura-se

O Paulo Rangel fez com que o PSD tivesse levado muitos votos nas Europeias, além de que o eleitorado também queria puxar as orelhas ao Sócrates. Naturalmente muitos discursos de vitória foram proferidos e muita gente que há muito tempo não se via, saiu da toca. Agora o que não se percebe, é como Manuela Ferreira Leite tal como se tivesse engolido uma cassete, mantém o mesmo estilo de discurso após as eleições Legislativas e Autárquicas onde nitidamente perdeu. O povo na sua maioria foi claro na sua mensagem: quer que o PS governe mas sem arrogância e que atenda às boas propostas dos outros partidos. Para isso, não pode haver do outro lado uma oposição prepotente a fazer discursos de vitória que claramente não lhe pertencem.
Curioso é, quem vota nas Autárquicas conhece bem quem lhes está por perto e simplesmente não quiseram os candidatos do BE, salvo raras excepções, pois para além da seriedade é preciso também ter muita responsabilidade.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Caminho árduo

No futebol ou como em qualquer outra profissão, o humilde e bom trabalhador é sempre reconhecido. Foi o que aconteceu com o Liedson em pleno Estádio da Luz, onde três manifestações de carinho foram prestadas: como é natural ao Simão Sabrosa que desta vez além de fazer um excelente jogo também estava com o pé afinado; ao Nuno Gomes que já com a sua maturidade consegue transmitir uma calma necessária ao jogo e por fim ao levezinho que marcou o golo do descanso, servido por um passe inteligente do Bruno Alves. Também o Pedro Mendes (homenagem lhe seja prestada) fez um jogo espectacular.
Valeu a pena a ajuda dos dinamarqueses que até veio engordar as receitas da FPF, pois muitos espectadores só decidiram o ser, após saberem o que a Suécia fez, ou melhor, o que não fez.
É nossa sina só nos lembrarmos de Santa Bárbara quando troveja e agora é sofrer a bom sofrer até ao próximo 18 de Novembro. Dificilmente os nossos jogadores (está-lhes no sangue luso) não se convencem que não basta andarem a pavonear-se com a sua classe, mas que é preciso levar o jogo a correr e anteciparem-se aos seus adversários, vestindo como se costuma dizer o fato macaco. Que o vistam e que a sorte do jogo os acompanhe. Sim, porque isto não deixa de ser um jogo em que não há vencedores antecipados e daí o fascínio do futebol.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O prazer da leitura

Entrar numa biblioteca e escolher um bom livro, na maior parte das vezes é uma tarefa fácil. Basta agarrar num daqueles que esteja mais manuseado, mais sujo e normalmente com a lombada a descolar, é sinal de que foi muitas vezes lido e que a sua fama passa de boca em boca. No entanto, por vezes tento saber mais dos autores portugueses e por norma eles apesar de narrarem boas histórias, desiludem pela forma enfadonha e complicada como são escritos, fazendo lembrar a maioria dos filmes portugueses que para aí se fazem. Ultimamente apostei em tomar conhecimento da Agustina Bessa-Luís (O Comum dos Mortais), do Vitorino Nemésio (Mau Tempo no Canal) e do José Cardoso Pires (Delfim), sendo que deste último já tinha lido Balada da Praia dos Cães. Como atrás disse, as histórias são boas só que a forma de serem contadas não me empolgam e por vezes faz-se da leitura um esforço para que não se perca o fio à meada. Para não perder a fé no prazer da boa leitura, tenho que de seguida ler um autor consagrado, que foi o que fiz após a história do Manzarino uma metáfora ao Salazar e ao Estado Novo nesse bom romance da Agustina. Então, o livro que sofregamente pego, tal como quem vai à janela respirar ar puro, foi o Toque de Midas da australiana Colleen McCullough. Uma narrativa extraordinária a atravessar várias épocas, não ficando de modo algum atrás dos Pássaros Feridos.
Nesta incursão pelos autores portugueses às vezes surgem agradáveis surpresas e uma delas foi Sinais de Fogo de Jorge de Sena que a maior parte das pessoas já ouviram falar e poucas leram. Até porque Sinais de Fogo é um nome sonante e que na memória fica gravado a… fogo. Um livro com um tamanho razoável e letra miúda quase parecendo um pequeno dicionário e cuja história inacabada (no final fiquei com essa sensação) é passada na Figueira da Foz no tempo da guerra civil espanhola e do nosso regime a assobiar para o ar como nada se passasse, à espera para que lado cai o poder, mas sempre dando sorrateiramente uma facada nos antifascistas. Mas a parte curiosa do livro e principalmente para a época em que foi escrito, é o tratamento dado às cenas de cariz sexual. O leitor é levado com o par de apaixonados ao encontro de uma casa escondida que aluga quartos para o efeito e onde eles misturam o seu amor puro no leito de um quarto asqueroso onde tantos outros fazem a descarga de instintos unicamente animalescos. Ou de outra personagem que é um machão a ganhar dinheiro com homosexuais ou mesmo metido com uma velha rica também para sacar dinheiro. Assim como no Mau Tempo no Canal eu fui levado aos Açores e senti-me um ilhéu, o mesmo aconteceu com este de Sena, a fazer-me pisar as areias da Figueira.
Também a leitura de A Filha do Capitão, romance de José Rodrigues dos Santos é inolvidável. Uma história de amor passada em plena primeira grande guerra mundial onde o autor bem realça o massacre sofrido pelas tropas portuguesas e o leitor é introduzido nas trincheiras parecendo sentir um cheiro podre, a pólvora a… morte. Tal como Miguel Sousa Tavares também José Rodrigues tem uma escrita na linha de Eça, aquele género de escrita poderosa que entusiasma o leitor parecendo que até nas entrelinhas escrevem.
Aqueles livros que os amigos nos cedem por empréstimo, por norma também são dos melhores e foi o que ultimamente me aconteceu ao devorar A Sombra do Vento do autor espanhol Carlos Ruiz Zafón. Mais um romance espectacular que tem a particularidade de nos transportar a Barcelona aos tempos do fascismo de Franco e à guerra fratricida onde o autor com grande mestria, faz coincidir a história de amor do personagem principal com a de um livro que este anteriormente leu.
Bons livros estes, que são uma alternativa ao pequeno ecrã nas noites mais longas que se aproximam.

sábado, 26 de setembro de 2009

Sem olhar a meios II

Ontem foi o último dia da Campanha Eleitoral e os dados ficaram lançados. Pelo menos fazem-nos crer disso e hoje em pleno dia de reflexão é suposto não haver qualquer indício de favorecimento a uma força política. No entanto, eis que é anunciado o cumprimento de uma promessa de 2007 do então ministro da saúde Correia de Campos, que é de pôr helicópteros ao serviço das populações a quem foram fechados Centros de Saúde. Aparecem então no tal dia de reflexão as máquinas a voar, ainda por cima envoltas em grande polémica num concurso em que foi aprovada a proposta mais cara e a escolha foi baseada num parecer técnico de uma auditoria feita descaradamente pela parte interessada (pasme-se, a vencedora).
Nestes dias do vale tudo, foram notórias várias coisas e aleatoriamente ocorrem-me as seguintes:
- O acordo tácito de não mandarem “pedras” porque a maior parte tem telhados de vidro. Assim, casos como Freeport, Portucale entre outros, não foram mencionados;
- O tiro no pé de Manuela F. Leite quando iniciou a campanha com o tema da asfixia democrática, dando como bom exemplo a Madeira onde é precisamente o sítio em que todos nós sabemos que o que existe é uma imposição da vontade de Alberto J. Jardim que até na visita do Presidente da República se dá ao desplante de nem o obsequiar com honras de Chefe de Estado ao qual trata por Sr. Silva. Esta designação de asfixia e a evocação para o que considera de bom modelo madeirense, nunca mais a deixaram durante toda a campanha e provavelmente até mesmo para o resto da sua vida política;
- A chantagem da entrega de portáteis Magalhães, ainda por cima anunciada pela ministra impopular da educação, que só prosseguirá se o actual Governo ganhar as eleições foi por demais. Até com o futuro das crianças se brinca. Aprenderam isto com quem? Com o Hugo Chavez? Até parece que a entrega dos computadores é feita com o dinheiro do PS e não dos contribuintes;
- O próprio Cavaco Silva já percebeu que não é com aquela suposta líder política que pode contar. Aquela que a passar por Passos Coelho (quer se queira ou não, é o símbolo da juventude do partido) lhe vira a cara e prefere ter nas listas pessoas que estão a responder por processos em tribunal. Não é ela que tem o consenso partidário, e o cinismo à sua volta é notório. Cavaco dever-se-á lembrar bem, que durante as eleições europeias Paulo Rangel congregou todas as simpatias e Manuela Ferreira Leite só servia para atrapalhar no pouco tempo em que aparecia. Para o actual Presidente da Republica medidas que beneficiem o PS, como a demissão do seu assessor para imprensa ou o anúncio da vinda do Papa só lhe serviram para que depois do dia 27 se dê de vez a purga do PSD e que surja um líder forte, tal como Sampaio precisava em relação a Ferro Rodrigues no tempo em que Santana Lopes era primeiro ministro.
Passado isto, daqui a dois anos ficamos curiosos como será o nosso quadro político e principalmente se Cavaco Silva tem o segundo mandato, como aconteceu com os seus antecessores. Se o tiver e não se entendendo as forças políticas após este domingo (como é costume), já ele deverá ter Rangel para reunir forças nem que sejam em conjunto com Paulo Portas.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Sem olhar a meios

Aquele veneno das sextas irá dar alguns frutos (podres) no dia vinte sete e já se notam umas colagens tendenciosas: uma entrevista do patrão da Sonae em vésperas, a mandar o Sócrates abaixo e um tendencioso conservador, que nem sei o nome e de onde é que apareceu, a fazer comentários na Dois de bota abaixo, logo a seguir ao último debate e a enaltecer a Manuela F. Leite, que diga-se aqui de passagem foi de uma grande baixeza, em nem uma única vez tratar o seu opositor por 1.º ministro. Esforça-se em fazer o povo de parvo, ao esconder do programa do PSD todas aquelas entregas ao sector privado (ex: Segurança Social e Serviço Nacional de Saúde) ideia essa que andou quatro anos a apregoar na oposição, além das Scuts para assim apanhar votos aos incautos. A juntar a tudo isto, temos o Presidente da Republica que agora por coincidência deu em se preocupar com os bombeiros e numa das últimas aprovações de Decreto Lei, teve o cuidado de se demarcar e justificar o seu desacordo, coisa que agora em vésperas é que o faz. São lobos esfomeados que os mais velhos já conhecem bem, pois do cavaquismo ficámos bem fartos durante 10 anos e em tempos de vacas gordas com dinheiro fresco da CEE a encher os bolsos de alguns para a compra de jipes e o Zé Povinho na miséria.
E agora com o pessoal mais novo, será assim?: Depois de já terem entregue os votos para o PC (estes hão-de ser os do costume), PSD e mais aqueles que voarem para os irresponsáveis do BE, os tais que se recusaram a receber o José Eduardo dos Santos, como se não fosse importantíssimo defender os portugueses que tiveram de imigrar para Angola, iram então perceber o que é asfixia democrática, quando sentirem os efeitos da rolha e começarem a ver as mordaças nos Gatos, Contemporâneos, 5 para a meia-noite e talvez escape o Contra por serem bonecos.

domingo, 6 de setembro de 2009

Uma perca no mundo do espectáculo

Quando as pessoas não seguem a verdadeira vocação para a qual estão predestinadas, traz por vezes um mal resultado atingindo os colaboradores mais próximos inclusive familiares. Foi o que aconteceu com a Manuela Moura Guedes que seria uma grande actriz, pois até começou muito bem no mundo da canção com a interpretação da canção Foram Cardos Foram Prosas. Infelizmente não se sabendo bem porquê, além do jornalismo profissão aquela em que se deu a conhecer ao público, (muitos se lembraram dos seus dotes descontraídos em que se desmanchou a rir num Telejornal), optou por entrar na política e foi como deputada do CDS que esteve pouco tempo de má memória na Assembleia da Republica.
Para quem tem dúvidas que marido e mulher metidos na mesma Empresa causa na maior parte das vezes embaraço, eis aqui mais um exemplo: ele, responsável de uma estação de televisão, meteu-a a apresentar um Jornal Nacional e eis que os seus dons de actriz vieram ao de cima estragando trabalhos de investigação que se pretendiam isentos e ela ao apresentá-los desata a fazer trejeitos e tons de voz insinuantes, onde procura influenciar o espectador tal como se este fosse o pior dos tacanhos a ouvir um padre sectário.
Resta aguardar para bem da transparência democrática que esse jornalismo de investigação não seja censurado e que dele seja dado conhecimento por profissionais capazes, que saibam transmitir isenção e não julgamento antecipado dos factos apurados.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Longe da vista, longe do coração

Por ser um orgão delicado em que sentimos a reacção às emoções visto que é para ele que o cérebro transmite os comandos para aceleração ou abrandamento afim de bombear o fluxo sanguíneo, parece-nos que é aí que reside todo o amor ou amizade e ódio. Até mesmo quando se fala em transplantes de coração, há a sensação que o paciente também venha a receber os sentimentos do dador.
Posto isto, correctamente se deveria dizer: longe dos sentidos (mais evidentes a vista e a audição), longe do pensamento. Na verdade é o cérebro que perante toda a informação que reune, a processa de forma a que em primeiro lugar não soframos. Daí quando sonhamos é muito raro o fazermos com as pessoas que directamente nos são queridas, excepto quando já faleceram, consistindo numa autodefesa para durante o sono não cairmos no pesadelo de estarmos impotentes na defesa de alguém que muito estimamos. Também prioritariamente ele se preocupa em reter o que de negativo aconteceu ou fizemos, deixando para segundo plano as recordações das coisas boas de forma a que futuramente os erros não se repitam. É um exemplo disso, o facto de as pessoas ao encontrarem-se terem tendência em contar em primeiro lugar as más experiências por que passaram, ou então se não as contam logo, têm no subconsciente uma luzinha de aviso para não se esquecerem de partilhar esse mau momento antes da despedida.
Não deixa de ser curiosa a proporção de interesse que se manifesta, conforme os nossos sentidos estejam perante um acontecimento extraordinário, a decorrer remotamente ou perto. Ou então, mesmo que seja no outro lado do globo e esteja alguém da nossa nacionalidade a passar por esse momento, é como se o desenrolar da situação se passasse a fazer mais perto.
O não estarmos com os sentidos perto daqueles que nos são próximos e deixaram o nosso contacto, é uma forma que o nosso pensamento tem de lentamente deixarmos de sofrer, reservando umas células para boas recordações e nas desilusões amorosas é sempre salutar que haja a substituição por outro amor, para que se proceda a uma melhor química entre os sentidos e a actividade emocional.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Programa Polis

Praticamente a frente de praias da Costa da Caparica deixou de ser um estaleiro e quase que podemos agora ajuizar o resultado de tamanha obra. Quase, porque ainda falta a nova rampa para que dos seus actuais apoios, os pescadores se possam fazer ao mar e também está a decorrer a 3.ª fase para a inclusão de mais metros cúbicos de areia, dos quais nos resta saber quantas toneladas ficam após o próximo Inverno.
Outra aberração sobre a qual as pessoas se interrogam, é o porquê de tantas madeiras, destruindo uma área que daria um excelente recinto para futebol de praia, talvez com campeonatos internacionais que dinamizariam as indústrias hoteleira e de restauração.
Tal como se estava a adivinhar, os apoios de praia para os banhistas são nitidamente em número elevado, acabando por, mesmo não estando todos abertos, já há alguns às moscas.
Outro erro foi o terminal do velhinho Transpraia ficar fora do centro da vila (cidade), que resulta em mais uma machadada no comércio local e restauração. Resumindo, o beneficio mais evidente foi para os ciclo turistas que ficaram com bastantes corredores para exercitar, de resto como a maior parte de todas as obras no concelho, os responsáveis não souberam o que andaram a fazer, ou não, pois um vereador do PCP como administrador de uma empresa criada à medida dele, sabe bem o que anda a fazer, para ele e se calhar para o partido: a encherem os bolsos à conta dos incautos automobilistas.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Campeonato ganho à pedrada


Ao agendar um jogo decisivo do escalão de juniores para um lugar aprazível convidativo ao convívio como é a Academia de Alcochete, o que os dirigentes do Sporting não adivinhavam, era que dariam ao rival Benfica a oportunidade de ganhar o Campeonato Nacional de Juniores à pedrada. É mais fácil para quem lê estas linhas perceber o que se passou caso tenha visto as imagens televisivas. Estas mostram que já decorridos vinte minutos de jogo, entra uma claque arruaceira do Benfica a atirar pedras para quem assistia ao jogo, (inclusive para alguns adeptos encarnados), isto depois de já terem danificado automóveis por onde passaram, acabando por se generalizar os confrontos e o jogo foi suspenso. Vá lá, que esses vândalos não mandaram nenhum petardo que matasse algum adepto do Sporting como aconteceu numa final da Taça no Jamor.
É levantado um processo disciplinar e o que faz o Conselho de Disciplina da Federação, cujo um dos membros é declaradamente benfiquista: punir os dois clubes com o mesmo castigo. Entre outras sanções uma respeita à perca de três pontos, o que trouxe como consequência que a equipe que estava à frente ficasse campeã.
Seria bom de ver, isto estar-se a passar com o Porto, os seus adeptos nunca permitiriam tamanha injustiça.

domingo, 5 de julho de 2009

Vivó os noivos

Quer queiramos, quer não, há parentescos que só seguindo as regras ditadas pela sociedade, nos são realmente atribuídos. Quando nascemos, imediatamente somos filhos de alguém e a partir daí ficamos relacionados com outros graus: pais, avós, tios, irmãos, etc. Agora esposa, esposo, marido, sogros, genros e noras são aqueles que se conseguem de papel passado, que caso seja anulado em virtude de desentendimentos, já começa a exigir um esforço para estes nomes não perderem significado e por vezes tratados por ex, ou então por primeiros segundos ou o que for. Todavia, nos tempos que correm cada vez menos os casais se preocupam em entrar na carruagem casamento do comboio da vida, aquela que normalmente surge a seguir à da formação escolar e antes da concepção do primeiro filho. Não estão para se preocupar com essas formalidades e depois alguns tratam ou se deixam tratar, por esses parentescos criados pela burocracia. Para felicidade nossa, filha e namorado resolveram entrar na carruagem, que sejam muito felizes!

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Avançado, precisa-se

Para um dos melhores jogadores da primeira liga, que provavelmente para o ano só por transmissões do estrangeiro teremos oportunidade de apreciar, e que como defesa central teve que ir à frente marcar o golo contra a Albânia, é por demais evidente que a nossa equipa não tem pontas de lança. Foram muitos jogos sem que conseguisse finalizar com êxito uma jogada, sendo notório que só Hugo Almeida com Edinho ou Dani não fazem esquecer o Pauleta, Nuno Gomes e até mesmo Hélder Postiga. Na Albânia, num estádio muito pior do que o do nosso V. de Setúbal, o qual foi proibido de fazer uma partida para a UEFA e teve que a fazer em Alvalade, a equipa anfitriã deu o seu máximo e até por vezes devido à cor das camisolas nos confundiu sobre qual seria a equipa portuguesa, valendo-nos no final a boa entrada no jogo de Nani, que surpreendentemente não se agarrou à bola e pôs-se a rasgar passes que partiram a selecção adversária, culminando no golo em raiva do Bruno Alves. Para colmatar esta falta de avançados, não se percebe bem se o Liedson será alguma vez chamado a tempo da qualificação para o Campeonato do Mundo de 2010 e o Cristiano Ronaldo não é opção como ponta de lança, porque precisa de espaços para as suas habilidades, além de ter que ganhar a humildade suficiente, como faz o rival Messi. Diga-se de passagem, que então agora, inchado como ele anda por uma transferência com valores astronómicos, os quais têm ao momento a denominação de escândalo, devido à crise em que as famílias estão mergulhadas e ainda por cima a fazer alarde no esbanjamento de mais de 15.000€ só em bebidas numa noite, não se deslumbra que vista o fato macaco para melhor servir a equipa de todos nós.
A anterior equipa técnica não nos habituou a vitórias por números expressivos e nunca saberemos como reagiriam com a presente falta de inspiração e garra, mas talvez já tivessem feito o esforço que fizeram para a inclusão do Deco, outro que neste jogo tão bem deu conta de si e também teriam sido capazes de já ter conseguido um substituto à altura do Petit, o tal carregador de piano.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Um tiro no outro pé

Como sempre, em quase tudo de mau que há na Europa nós estamos em primeiro. Realmente é muito melhor estar de papo para o ar a apanhar sol, do que fazer como foi o caso da maioria dos espanhóis que também têm tanto areal, ou seja, deram-se ao trabalho de cumprir com o dever de cidadão e votar. Que maçada!
Muitos destes nossos honrados veraneantes, serão socialistas convictos que com esta atitude ainda penalizaram mais o PS, que só por si devido ao ónus da governação ia perder votos, o que sempre aconteceu com todos os partidos que na altura estavam no poder. Também para contribuir para o descalabro, o Secretário Geral resolveu atirar mais um tiro n'outro pé como já tinha feito com a escolha de Mário Soares para candidato à Presidência da Republica. Muitas análises se fizeram na altura, sobre essa escolha que levou ao caminho aberto para a eleição de Cavaco Silva. Dizia-se que no fundo o que Sócrates pretendia, era passar a tratar institucionalmente com o actual PR e ao mesmo tempo fazer com que Mário Soares metesse de uma vez por todas a viola no saco e não se tornasse uma voz incomoda. Agora com a escolha do independente Vital Moreira, é que não se percebe mesmo a razão da escolha, porque só com uma mente tacanha é que alguém pode pensar, que quem foi apelidado de traidor do PCP viria a conquistar simpatias à esquerda. Como dizia de forma brejeira o Ricardo Araújo Pereira na SIC, qualquer discurso do Vital Moreira não servia o PS, mas sim os partidos mais à esquerda, como no exemplo do caso em que apelidou o BPN de roubalheira, o que só serviu aos olhos do eleitorado para meter no mesmo saco todas as falcatruas dos partidos que têm sido governo e daí a fuga de votos para a esquerda, onde o BE agradece mas não o conseguindo fazer em directo na televisão estatal, porque lamentavelmente a RTP silenciou o discurso de Francisco Louçã que orou no fim como é de a praxe os partidos vencedores fazerem.
Quanto ao PSD, tem que perceber que esta foi principalmente uma vitória de Paulo Rangel vs Vital Moreira, pelo que escusa de embandeirar em arco porque o partido ainda não reúne consensos em volta da sua líder, como se viu pela reacção azeda de Santana Lopes, parecendo que a vitória do PSD era a sua derrota.
O PCP deixou de ser a terceira força política a favor do BE, o que é algo de preocupante pois a prática deste último é feita perigosamente mais com o coração do que com a cabeça, o que acaba por desencadear decisões lamentáveis, tais como se excluir da comissão de honra de cumprimentos ao presidente de Angola, que apenas é o nosso segundo exportador, além do mercado de trabalho aberto aos portugueses.
O partido do grande capital, CDS, acabou por colher os frutos de toda a campanha paga aos media, para a recuperação da imagem de Paulo Portas, aquele que no fim da governação abandonou o partido tal qual rato a fugir de um navio a afundar-se, ficando Ribeiro e Castro com a criança nos braços e acabando depois de sofrer um golpe palaciano de Portas, aqui já apoiado na cobertura de um congresso e grandes entrevistas, como se fizesse parte de um partido com grande expressão eleitoral. Eis a força do dinheiro.
O futuro está desenhado:
O PS deve ganhar em Setembro sem a maioria absoluta, tendo que fazer coligação com outra força política e pela sua história não costuma ser à esquerda e deve ser com o centro direita. Depois como é usual não se entenderem, que até para um simples consenso de um nome para Provedor de Justiça não conseguiram esse entendimento, vai ficando a figura de José Sócrates desgastada e o PSD deverá se tornar forte em redor de Paulo Rangel. A esta altura fica Cavaco Silva com a legitimidade para antecipar eleições, tal como fez Jorge Sampaio quando esperou que o PS ficasse forte de modo a correr com Santana Lopes. Do resultado destas eleições sairá vencedora outra vez uma nova AD (PSD/CDS), para o que no fundo este povo dos três efes (Fado, Futebol e Fátima) está destinado e só não volta ao fascismo porque está encostado à velha Europa.

terça-feira, 26 de maio de 2009

Eis o badalado deserto, só que de pedra

De há umas décadas para cá, que o comércio convencional anda a sofrer uma forte concorrência das grandes superfícies comerciais, dos indianos e dos chineses estes até com as lojas abertas ao público todos os dias da semana. Tirando os estabelecimentos de comes e bebes, botiques finas, ourivesarias ou pequenos lugares com fruta, legumes e mercearias, as outras muito dificilmente conseguem resistir e se resistem é porque muitas vezes os donos são pessoas idosas que teimam ficar, pois parar é morrer. Não deixa de ser curioso, que para as pequenas mercearias que facilitam o pagamento dos mais necessitados(?), os primeiros dias do mês são os de pior afluência de clientes, pois aqueles que pediram fiado mal se apanham com dinheiro fresco dos salários, metem-se nos hipermercados a gastarem até onde podem.
Em Almada, com a concordância dada à obra do Governo para a construção do metro de superficie no centro da cidade e consequente afastamento dos automóveis, a (C)âmara (M)unicipal de (A)lmada ainda agravou esta situação para os donos do pequeno comércio. Não da forma exagerada como estes pintam, pois na própria baixa pombalina onde o comércio florescia, vejam-se as lojas que fecharam quando começaram a aparecer os centros comerciais. No fundo como bom português muitos dos comerciantes com o slogan “(C)omércio (M)al (A)poiado devolvam a vida à cidade” o que querem é ainda receber mais benesses que a Câmara já lhes dá à custa dos impostos que pagamos. A saber: entre outros apoios, as festas de Natal com respectivo sorteio e o Almada Fashion. Caricato é darmos conta daquelas lojas, cuja localização não teve qualquer prejuízo com as obras e os seus donos colam o slogan à porta, com o propósito de poderem vir a receber algum dinheiro em forma de indemnização.
Todavia, é notório que esta obra foi pretexto para uma estúpida guerra aos automóveis, com a destruição de milhares de lugares de estacionamento em troca de passeios demasiado largos para poucos peões. Implatou-se um modelo de outras cidades da Europa, esquecendo-se que lá o traçado é plano e aqui os cidadãos têm muitas inclinações para palmilhar. A Câmara proclama novos lugares para estacionamento, mas só um está a ser construído no centro da cidade e outros dois ficam afastados obrigando a apanhar o Metro, que ainda por cima tem algumas das paragens, muito afastadas umas das outras.
A piorar tudo isto Almada ainda ficou mais feia, triste e poluída, pois na altura das horas de ponta criaram-se nas artérias periféricas, para onde os carros foram empurrados, grandes congestionamentos de tráfago. Praças cheias de pedra por todo o lado e sem sombras, pois até há árvores a crescerem que dão ramagem na vertical e quando adultas nunca terão copa. Praça Gil Vicente, a da desaparecida fonte luminosa, a da Renovação que teimosamente chamam de MFA e até a S. João Baptista, são exemplo dessa asfixia. A CDU embarcou num suicídio político, porque não há muito tempo todos convíviamos melhor, tanto peões como automobilistas sem ter que estar a pagar para estacionarmos o automóvel e podíamo-nos deslocar sem grandes filas de trânsito.
Afinal, bastava que os dirigentes tivessem sido inteligentes e zeladores do interesse dos eleitores, para terem levado em linha de conta a conciliação entre o circuito rodoviário e o canal do metro, o que infelizmente não souberam fazer para prejuízo de todos, apesar de tanto forum de participação onde foi chamada a atenção para tal.

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Medidas urgentes contra o banditismo precisam-se

Numa altura em que os noticiários estão focados no vandalismo passado no bairro da Bela Vista, o programa semanal Prós e Contras vem pela segunda vez consecutiva massacrar-nos com as eleições europeias. Suponho que desta vez devido ao compromisso com os partidos que têm menos expressão, pois não é assim muito hábitual a Fátima C. Ferreira fugir ao tema mais badalado da semana, mas inesperadamente algo de tão grave não é trazido a debate.
Seria bom vermos o descaramento dos representantes mais à esquerda defenderem a tese de que o flagelo do desemprego justifica a prática do vandalismo. Aliás, o dirigente da CGTP Carvalho da Silva também desculpou os insultos e cuspidelas ao Vital Moreira com o mesmo argumento.
Antigamente justificava-se a proliferação de marginais devido às condições em que as crianças cresciam: nas barracas sem saneamento onde proliferava a promiscuidade. Mas mesmo assim, podia-se afirmar uma velha frase: vivemos em barracas mas somos honrados.
Presentemente, numa altura em que os nossos impostos vão servindo para alojar pessoas em bairros com condições minimamente decentes, que até de certa forma foi ao encontro da letra da canção do Sérgio Godinho, (em que umas das condições para haver liberdade a sério era haver habitação), eis que principalmente por deficiência de educação e ausência do sentido de família, os vândalos surgem que nem cogumelos. Na maior parte, desde pequenos que não prestam contas aos pais e abandonam a escola cedo, sem terem o sentido da responsabilidade e para eles o mal compensa. Se em pequenos, quem de direito devia “torcer o pepino” e não o fez, é a sociedade que urgentemente tem de criar mecanismos para que faça valer que o crime não compensa e as medidas a tomar têm que começar logo pelos mais novos.
Quem esteja mais atento já notou que lentamente se começa a passar do Car Jacking para a Casa Jacking e não é com estes efectivos policiais e esta Justiça e respectivo Código Penal que chegamos a bom porto.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Nem habilidade para o consenso no nome do Provedor de Justiça, quanto mais...

Desde muito cedo pelos bancos da escola, nos habituámos a ver alguns pais conforme as suas posses, a bajularem e a untarem as mãos a responsáveis da educação, para que seus filhos mesmo que fossem incapazes passassem à frente dos outros, somos por isso (e não só) um povo muito dado ao compadrio, à cunha, aos favores, o que como consequência facilmente leva à corrupção.
Há uns anos atrás quando a Manuela Ferreira Leite como ministra das finanças era a número dois do Governo de Durão Barroso seria lógico que quando este foi eleito para presidente da Comissão Europeia, ela assumisse a responsabilidade governativa e até viesse a ter a oportunidade de repor o IVA nos 17% conforme prometeu que o faria, pois era sua intenção em controlar o défice após um período (anos) a 19% por si imposto ao ficar com a pasta. Valeu-lhe na altura o "baptismo" de Dama de Ferro.
Mas eis que a política de favores e sabe-se lá mais o quê, sobrepôs-se ao interesse nacional e quem vai para primeiro ministro é Santana Lopes, aquele que estava imediatamente atrás de Barroso na cadeia hierárquica do partido. A luta interna partidária à frente do bem estar dos portugueses, só visto!
Entretanto quase cinco anos passaram e logo no início deste período Sócrates brindou-nos com o aumento do IVA para 21%, reduzindo para 20% no ano passado. Foi o que nos custou o interregno de Santana Lopes, pois com a saída para Bruxelas do número um, foi perdida uma oportunidade de pedir contas à tal reposição para os 17%.
E quem temos agora a chefiar o maior partido da oposição? Manuela Ferreira Leite. É como se entrássemos em loop, com os discursos a não variarem e a crise internacional não existisse estando ela aqui bem perto, na nossa vizinha Espanha onde o desemprego ainda é mais assustador. Até mesmo se o cataclismo que atingiu o centro de Itália tivesse desgraçadamente acontecido no nosso país como há cem anos em Benavente, o discurso da oposição não variaria a exigir responsabilidades ao Governo, sem a apresentação de alternativas viáveis. Não deixa de ser nojento quando os partidos representantes do patronato, aqueles que a coberto desta crise se têm aproveitado para mandarem trabalhadores para o desemprego, cuspirem nos seus discursos culpas exclusivas desse flagelo ao partido do Governo. E também é triste e de tamanha irresponsabilidade, representantes dos trabalhadores numa altura destas a ameaçarem com greves na defesa de maiores salários. É mesmo fazer pouco de quem caíu na desgraça da perca do emprego.
Por isso são sempre os mesmos políticos, até mesmo sobre aqueles que recaem suspeitas de corrupção, (a tal enraizada na nossa cultura), que estão à frente das campanhas e as ganham, no fundo aqueles que já conhecemos com provas dadas aos eleitores, embora na maior parte das vezes não deixando de ser com falta de transparência e financiamentos obscuros.
Presentemente a prioridade de um Governo e o que pode estar ao seu alcance, tem que passar pelo ataque à corrupção e à insegurança, o que para isso é essencial e urgente uma justiça mais célere e eficaz, mas sem o aumento das custas judiciais que é para o que este executivo tem vocação, que só acaba por afastar os mais desfavorecidos na procura da resposta às ofensas de que sejam alvo.

quarta-feira, 22 de abril de 2009

FCP 0, CR7 1

Com certeza que muitos espectadores que assistiram ao encontro entre o Porto e o Manchester, foram os mesmos que estiveram a torcer pela Selecção Nacional frente à Suécia. Mas a festa do golo, a raiva e a entrega ao jogo do melhor jogador do mundo, materializou-se num potente pontapé que deu um fabuloso golo à equipa inglesa e não ao serviço da nossa Selecção, como há uns anos atrás nos tinha brindado o Carlos Manuel que também com um forte remate longe da área, simplesmente nos deu o acesso ao Campeonato do Mundo a realizar no México (1986).
Ainda é novo e é muito capaz de vir a entender que a humildade (o Scolari bem se esforçou para a incutir) e a entrega à camisola das quinas são os predicados essenciais para entrar na galeria do nosso reconhecimento, onde entre muitos outros se encontra o Eusébio, Figo, Rui Costa…

quarta-feira, 1 de abril de 2009

A Índia no seu pior

Muito esforço inerente à propaganda turística, terá que fazer o Governo Indiano para conseguir repor uma imagem atractiva aos futuros visitantes do país, imagem essa que foi realisticamente retratada no filme que ganhou oito Óscares, Quem Quer Ser Bilionário.
Realizado ao modo indiano com muitas canções de fundo, ele mostra-nos o percurso de dois irmãos um pouco à imagem bíblica de Caim (Selim) e Abel (Jamal). Aqui no entanto, Selim pela sua perversidade e conhecimento da maldade do mundo, defende o irmão ligeiramente mais novo que na sua honestidade e inocência ganha o concurso, descobrindo as respostas ao rever os episódios dramáticos da sua vida.
Filme a não perder sobre o qual propositadamente não refiro a história de amor e que se vê bem nos pequenos ecrãs, tendo até a vantagem de nos poupar à visão de porcaria e bairros da lata, que o tamanho panorâmico do cinema ainda mais realça.

quinta-feira, 26 de março de 2009

A desunião faz a fraqueza

O rescaldo desta segunda final da Taça da Liga trouxe para o campo desportivo o pior ambiente que se possa imaginar para a véspera de um jogo tão importante e mesmo decisivo que a Selecção Nacional vai disputar contra a Suécia. E note-se que já não é a primeira vez, que numa altura em que todos os adeptos devem estar unidos numa causa comum, eis o surgimento de uma desestabilização e ainda por cima através de um troféu que ao longo da prova não ligaram nenhuma.
Uma sucessão de tristes acontecimentos fizeram criar uma espécie de bola que os escaravelhos gostam tanto de levar às costas: grande penalidade mal assinalada que nos leva a perguntar se aqueles auriculares servem para alguma coisa ou serão para ouvir chamadas dos telemóveis; a incontrolada reacção de alguns profissionais, que se tivessem ganho nos pontapés da marca das grandes penalidades, ficavam calados; a conferência de imprensa do Benfica, que vem a por a nu, porque é que eles próprios quando fazem protestos (que até para o Governo fizeram) é com o objectivo de condicionar os juízes para os próximos jogos e nesta conferência até meteram o Porto ao barulho que está em outra galáxia para defrontar o campeão europeu; o Pereirinha armado em Cruijff (muito pão ainda terá que comer) a rebaixar a selecção cabo verdiana que tão bem conta deu de si; e por último (pelo menos até agora) o mal fadado Carlos Queirós, que há catorze anos num apuramento já nos deixou ficar no pau da roupa, expulsou o Pereirinha e o Rui Pedro de um Torneio criado para fazer a vontade ao Alberto João, de ter uma selecção de futebol da Madeira sabe-se lá com que dinheiro. (Não sabemos nós outra coisa)

sexta-feira, 20 de março de 2009

A História sempre se repete


Só nos Estados Unidos podia surgir um filme (que por acaso é um comentário) excepcional como a categoria de Fahrenheit 9/11. Os Hugos Chaves ou Eduardos dos Santos a serem alvo das acusações que aqui são feitas, reduziam o realizador Michael Moore a pó. No entanto, o Governo Norte Americano também não tem que se preocupar muito a proteger a sua imagem, pois têm lacaios de países amigos que se encarregam disso. Por cá, por exemplo, um filme tão badalado no circuito comercial chega à televisão estatal para passar duas vezes fora de horas, uma das quais às três da madrugada no Canal 1.
Este filme começa por pôr em dúvida a legalidade da primeira eleição de George W. Bush, mostrando a indignação da comunidade negra quanto à contagem dos seus votos. Para isso, vários negros membros representativos, afim de exporem as suas legitimas razões exemplificativas da má contagem, dirigem-se ao Senado para pedirem a um qualquer senador, que intercedesse para obrigar a uma recontagem de votos. Nem um, aprovou o apoio a essa transparência e só bastava um. É como se todos os senadores tivessem feito um pacto entre eles.
É realçada as boas relações da família Bush e a de Bin Laden, ao ponto do clã Laden ser mandado embora logo após os atentados de 11 de Setembro, sem serem interrogados para se conseguir alguma pista do paradeiro do mais famoso terrorista.
Destaca o esfregar de mãos de empresários sem escrupulos, a aplaudirem a guerra para daí retirarem dividendos do petróleo.
Mostra interpelações a membros do Senado, que a todo o custo tentam esquivar-se a responder à pergunta, porque é que os filhos deles não são mobilizados, isto em contraste com a apresentação de grandes campanhas junto das famílias desfavorecidas, para que os filhos se alistem com promessas de uma vida melhor.
Também são divulgadas as imagens de milhares de cruzes brancas nos cemitérios assim como dos estropiados, tal como nos habituámos a ver desde a guerra do Vietname. É este hábito, diga-se indiferença que é alarmante. Até se conseguir que fosse feita a retirada das tropas do Vietname, muitas manifestações violentas tiveram que ser feitas e muitas canções de intervenção repetidamente cantadas. O filme Nascido a 4 de Julho com Tom Cruise, é um bom exemplo desse triste período, em que se procurava a sensibilidade das pessoas.
Agora toda esta carnificina parece fazer parte de um jogo de computador, a que as televisões têm acesso e nos entra em casa, olhando nós para ela de uma forma enjoada, para logo mudarmos de canal fartos de ver a mesma coisa.

quarta-feira, 11 de março de 2009

Instinto primário


“O Amante” de Marguerite Duras é o segundo livro que leio em que o pedófilo atraído por raparigas na fase da puberdade é justificado, como que desculpado. Em “Lolita”, Vladimir Nabokov apresenta um professor de francês que fica atraído por rapariguinhas como fossem estas a causa do seu distúrbio e ela sabendo do domínio que tem, provoca-o a seu belo prazer.
O best-seller de Duras escrito já passados bastantes anos sobre os factos reais, apresenta-nos a visão do lado feminino sobre o fascínio que o desabrochar do corpo tem sobre o homem, neste caso um chinês, com praticamente o dobro da idade dela. Não uma idade demasiadamente ofensiva, digamos que se fosse um velho talvez ela o repelisse. Mas é tão sincera na sua abertura com o leitor, que nem a isso sabe responder e põe em dúvida que não seja apenas por ele ser rico e ela pobre, que tenha decidido se lhe entregar, mentido ao dizer-lhe que tinha dezassete anos. Por sua vez ele correspondeu com o seu sincero amor num enlace impossível para a época, entre um chinês e uma branca. Essa virgem menor, em que ele hesitava em tocar e que é impelido com o que ela lhe diz: faz comigo simplesmente o que fazes com as outras mulheres. Inevitavelmente este capricho traz benefícios à família pobre, e num acaso em que ela entrega à mãe desesperada, dinheiro que tinha recebido após um acto de amor, interroga-se se não estará a prostituir-se, já que não sente nada por ele além de uma ténue amizade.
Esta intimidade partilhada pela autora, permite dissertar sobre casos de pedofilia, em que tal como no “Ballet Rose”, onde determinadas mães mal o corpo das filhas dava nas vistas, as empurravam para os homens ou então fazem vista grossa preocupando-se em retirar dividendos, alguns até de cariz sexual. Além de algumas começarem bem cedo a serem estimuladas para aparecerem nos bancos da escola, com roupas reduzidas por baixo, assim como por cima, para daí conseguirem boas notas daqueles professores menos escrupulosos.
Curiosamente, após a leitura do livro que é um pequeno volume, a RTP2 apresentou o filme com o mesmo nome, que é de tal forma fiel a transmitir esta sua aventura durante a puberdade, que convém não perder.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A força do dinheiro

Andando pelos anos 70 o “Conta-me Como Foi” recorda-nos o que já esquecemos e entre outras coisas a ousadia das mulheres em usar calças. Não deixa de ser curioso, que enquanto estes episódios tentam palidamente fazer referências ao fascismo, eis que por outro lado surge dinheiro para branquear a imagem de Salazar e até têm mesmo a preocupação de fazer a escolha do actor Diogo Morgado (o bom galã da actualidade) que nunca conseguirá espelhar o cinismo tenebroso daquela figura.
Mas o dinheiro tudo compra, basta vermos a cobertura televisiva que foi dada ao Congresso do CDS e a que foi dada à Convenção do BE, tendo até este último maior expressão eleitoral do que o outro, só que não o capital.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Eça contínuava com assunto e Bordalo a caricaturar

Devido a uma investigação da polícia inglesa, já há bastantes semanas que se falava que um ministro do anterior Governo de António Guterres estava envolvido nas suspeitas de receber luvas no caso Freeport. Do nome nada se revelava, quem quisesse que subentendesse, mas como estamos habituados em que noutros casos sujos, transpira de imediato o nome do suspeito… alto lá que neste caso não, temos que somar dois mais dois. Continuando a fazer estas contas simples, também somos levados a perceber porque é que quando João Cravinho tem um projecto arrojado para a maioria poder atacar a corrupção, ele é chumbado e passa a ser tratado pelos restantes membros como pessoa non grata.
É evidente que todas estas semanas de insinuações, deram para que caso haja telhados de vidro, os responsáveis pudessem tomar todas as previdências para não serem partidos, e ninguém põe as mãos no lume a dizer que elas não foram tomadas, a todos os níveis e Ministérios. Tenta-se tapar o sol com a peneira. E se é tão legitimo pensar que é mais uma cabala para prejudicar um líder político em ano de eleições, também é legítimo pensar que as alterações feitas à pressa à ZPE e em fim de mandato, foi provavelmente para beneficio de algum grupo.
Para as outras formações politicas o momento não é propício a mudanças, estão com pouco estofo. Todos se escudam na necessidade da Justiça ser célere, tal como se dizia no caso Casa Pia e noutros tantos que acabam por deixar de ser moda. Mas todo este ruído talvez traga um ganho: a dissolução da A. R. para se coincidirem as eleições com as Europeias, pois não há pachorra para por três vezes durante um ano, estar a fazer escolhas de quem vai tomar conta do tacho com a tentação de o rapar no fim.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Esta nossa democracia sempre tão frágil

Realmente ao principal partido da oposição, aquele de que todos esperam que possa fazer frente ou manter em respeito o Governo, só faltava outro líder com discurso à Alberto João. É caso para dizer já chegámos à Madeira ou quê?
Não, por acaso foi nos Açores que a Manuel Ferreira Leite disse que o Sócrates surgiu como defensor da Pátria, mas afinal passou a ser o coveiro da Pátria.
Não deixa de ser curioso, que a referência a profissões menos nobres têm sempre tendência a ferir os atingidos como se o fossem com farpas. Vejamos, se a presidente do PSD tivesse dito que o Primeiro Ministro em vez de salvar o país o estava a afundar, o significado era o mesmo e nenhum ministro vinha a terreiro para exigir um pedido de desculpas.
Para o comum dos leitores este ano de eleições não vai ser fácil e então para aturar a feira de vaidades dos do costume, que vão fazer as campanhas eleitorais e assistirmos ao delapidar das finanças publicas para encher o Parlamento de centenas de Deputados que se enchem e não põem lá os pés, não vai haver paciência. Para nós um ano duplamente difícil.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Grandes desempenhos que se repetem

Há certas interpretações de tão perfeitas que são, que os actores não as devem repetir em outras produções. Por exemplo, o Al Pacino caso venha outra vez a fazer papel de cego, corre sempre o risco de ser comparado com a excelente criação obtida na película Perfume de Mulher (http://www.youtube.com/watch?v=XSIvWzhLrT8) , e arrisca-se a ficar aquém do trabalho anteriormente desempenhado.
Por outro lado há determinados personagens cuja repetição não corre o risco de uma poder ofuscar a outra. Se gostámos de ver um actor a fazer de polícia, também o vamos apreciar se a seguir fizer o papel de detective, bombeiro, advogado ou até outra vez como polícia.
Assim quem gostou de ver o Anthony Hopkins no filme Culpa Humana, de certeza que também vai apreciá-lo no Proof. Ou quem teve o prazer de ver o Robin Williams no Clube dos Poetas Mortos, também vai ter igual prazer em desfrutar a sua interpretação no Bom Rebelde. Aliás, a maior parte dos filmes dos actores aqui referenciados é sempre um prazer ver ou rever.