domingo, 8 de novembro de 2015

Eleições, passados quatro anos a fraude contínua

Quando o povo se dirige às urnas com a intenção de usar a única arma que possui para mudar o estado de coisas e depois chega à conclusão de que os mais votados não formam governo, que outra atitude poderá tomar a não ser borrifar-se para os partidos.
Há quatro anos aconteceu precisamente a mesma coisa. Um partido com apenas 13% dos votos foi impor a sua vontade nos desígnios do país e o seu líder ainda fez uma birra (irrevogável) com a chantagem para ser promovido a vice, acabando o zé povinho por pagar isto tudo.
Agora somos levados a crer, que vamos estar sujeitos a uma viragem à esquerda, quando a maioria dos cidadãos o que quer é um governo ao centro tal como já queria em 2011, defraudando agora o PS muitos indecisos que nele votaram, que caso adivinhassem esta colagem à CDU e ao BE, nunca lhe teriam dado o voto.
Desta vez a abstenção nas legislativas bateu o seu recorde, mas atendendo à vitória da coligação PAF, pergunta-se em que parte do planeta andaram a viver os que lá foram votar? Passou-lhes ao lado todos os cortes desde salários, pensões e até feriados? A TV a ser retirada em zonas desfavorecidas com a burla da TDT, que só serviu para encher os bolsos a operadores da televisão por cabo ou satélite. A juntar a isto, o sempre habitual aumento de impostos mais o brutal aumento das rendas de casa, com a agravante de serem enganados (aqueles que se deixaram ir na conversa) de que nada aumentariam ou cortariam, quando o afirmaram na campanha eleitoral e nos frente a frente. Distraíram-se estes eleitores para não darem conta que nestes últimos quatro anos aos mais necessitados lhes foi dificultado o acesso à justiça, educação e saúde onde até alguns idosos foram deixados a morrer nas urgências dos hospitais. Tudo isto em nome da redução de uma dívida que não pára de aumentar resultando daí uma pior distribuição da riqueza, tendo crescido o número de pobres e os ricos a ficarem mais ricos.

Caminhamos para mais umas eleições a seguir às presidenciais do ano que vem, mas se estes políticos não ligam ao que o povo quer, desprezando a sua vontade para um entendimento entre os dois partidos mais votados, não vai causar espanto que a percentagem da abstenção aumente e o PS a pagar pelos tiros que não pára de dar nos pés.