terça-feira, 31 de agosto de 2010

Razão atendível

Quando se fala do seleccionador nacional de futebol Carlos Queiroz, tudo levaria a crer que o tema seria desporto. Neste caso não.
O que se trata é de um exemplo mais visível do que se passa no mundo laboral, ou seja despedir alguém sem lhe querer pagar uma indemnização à qual tem direito. Muitos casos destes se passam por aí, onde inventam processos disciplinares para correr com um trabalhador que sempre teve bom desempenho ao longo dos anos e isto em nome de qualquer reestruturação.
Não foi consensual a escolha do substituto de Scolari apesar de este também ter tido contra as suas opções vozes discordantes. Carlos Queiroz com o seu ar sobranceiro comum à maior parte dos emigrantes bem sucedidos, ainda mais polémica e conflito trouxe, dos quais já não nos lembrávamos desde os tempos em que Sá Pinto resolveu agredir Artur Jorge.
Todavia, bem ou mal e com a ajuda da selecção dinamarquesa conseguimos entrar no play-off, e alguns objectivos importantes foram alcançados ou seja a ida à África do Sul, passar da fase de grupos só tendo o azar de logo na primeira eliminatória termos apanhado a Espanha, que por acaso até foi campeã.
Mesmo assim desencantou-se uma obstrução por parte do seleccionador a um processo anti-doping passado há meses atrás para servir de pretexto ao tal conveniente processo disciplinar a visar o despedimento com justa causa. Somos levados a pensar que se a Selecção no Mundial tivesse ido mais longe, quiçá até à final provavelmente nada disto se estava a passar.
Resta-nos agora aguardar que a equipa das quinas em piloto automático, como diz Gilberto Madaíl, faça um bom desempenho no apuramento para o Europeu de 2012.