quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Estagnação, recessão, ...ão, ...ão

Passado um mês da eleição presidencial, é caso para dizer que a nossa democracia já atingiu um excelente nível de maturidade, equivalente aos outros países com forte solidez democrata. A euforia da vitória da direita também foi sempre controlada, talvez porque a reeleição de Cavaco estava mais que assegurada acabando por não se pedir a cabeça de ninguém, salvo Paulo Portas que no fundo não podia deixar de assumir o seu papel de líder da extrema. Daí para cá, atendendo aos discursos de bota abaixo que tem feito, até se estranha não apoiar a moção de censura ao Governo, que o Bloco de Esquerda no mês que vem vai levar ao Parlamento. Mas enfim, o bom senso tem-se imposto e parece não haver ninguém disposto a repetir a aldrabice de José Sócrates numa campanha eleitoral, ao afirmar que criava milhares de postos de trabalho.
Os mais esclarecidos e conciliadores percebem que é no desemprego que reside o grande mal desta sociedade contribuindo para o aumento da criminalidade a qual no nosso cantinho ainda é agravada pela inoperância da Justiça e no “fartar vilanagem” da corrupção. Por isso, postos de trabalho como arranjá-los, quando pelo contrário se andam sempre a inventar formas de os acabar com o argumento de redução de custos.