quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Longe da vista, longe do coração

Por ser um orgão delicado em que sentimos a reacção às emoções visto que é para ele que o cérebro transmite os comandos para aceleração ou abrandamento afim de bombear o fluxo sanguíneo, parece-nos que é aí que reside todo o amor ou amizade e ódio. Até mesmo quando se fala em transplantes de coração, há a sensação que o paciente também venha a receber os sentimentos do dador.
Posto isto, correctamente se deveria dizer: longe dos sentidos (mais evidentes a vista e a audição), longe do pensamento. Na verdade é o cérebro que perante toda a informação que reune, a processa de forma a que em primeiro lugar não soframos. Daí quando sonhamos é muito raro o fazermos com as pessoas que directamente nos são queridas, excepto quando já faleceram, consistindo numa autodefesa para durante o sono não cairmos no pesadelo de estarmos impotentes na defesa de alguém que muito estimamos. Também prioritariamente ele se preocupa em reter o que de negativo aconteceu ou fizemos, deixando para segundo plano as recordações das coisas boas de forma a que futuramente os erros não se repitam. É um exemplo disso, o facto de as pessoas ao encontrarem-se terem tendência em contar em primeiro lugar as más experiências por que passaram, ou então se não as contam logo, têm no subconsciente uma luzinha de aviso para não se esquecerem de partilhar esse mau momento antes da despedida.
Não deixa de ser curiosa a proporção de interesse que se manifesta, conforme os nossos sentidos estejam perante um acontecimento extraordinário, a decorrer remotamente ou perto. Ou então, mesmo que seja no outro lado do globo e esteja alguém da nossa nacionalidade a passar por esse momento, é como se o desenrolar da situação se passasse a fazer mais perto.
O não estarmos com os sentidos perto daqueles que nos são próximos e deixaram o nosso contacto, é uma forma que o nosso pensamento tem de lentamente deixarmos de sofrer, reservando umas células para boas recordações e nas desilusões amorosas é sempre salutar que haja a substituição por outro amor, para que se proceda a uma melhor química entre os sentidos e a actividade emocional.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Programa Polis

Praticamente a frente de praias da Costa da Caparica deixou de ser um estaleiro e quase que podemos agora ajuizar o resultado de tamanha obra. Quase, porque ainda falta a nova rampa para que dos seus actuais apoios, os pescadores se possam fazer ao mar e também está a decorrer a 3.ª fase para a inclusão de mais metros cúbicos de areia, dos quais nos resta saber quantas toneladas ficam após o próximo Inverno.
Outra aberração sobre a qual as pessoas se interrogam, é o porquê de tantas madeiras, destruindo uma área que daria um excelente recinto para futebol de praia, talvez com campeonatos internacionais que dinamizariam as indústrias hoteleira e de restauração.
Tal como se estava a adivinhar, os apoios de praia para os banhistas são nitidamente em número elevado, acabando por, mesmo não estando todos abertos, já há alguns às moscas.
Outro erro foi o terminal do velhinho Transpraia ficar fora do centro da vila (cidade), que resulta em mais uma machadada no comércio local e restauração. Resumindo, o beneficio mais evidente foi para os ciclo turistas que ficaram com bastantes corredores para exercitar, de resto como a maior parte de todas as obras no concelho, os responsáveis não souberam o que andaram a fazer, ou não, pois um vereador do PCP como administrador de uma empresa criada à medida dele, sabe bem o que anda a fazer, para ele e se calhar para o partido: a encherem os bolsos à conta dos incautos automobilistas.