quinta-feira, 5 de junho de 2014

A fragilização de uma democracia

Não deixa de ser curioso, que o governo esteja a tentar fazer o que a Manuela Ferreira Leite importante figura do PSD dizia há poucos anos atrás, que deveria haver por um determinado(?) período de tempo, uma interrupção da democracia e realmente para esta não se augura nada de bom. Estamos entregues a um governo que não cumpre a Constituição e igual atitude tem o Presidente da República mais um tribunal constituicional que parece não ter meios para conseguir fazer com que a cumpram. Uma percentagem acima de 60% de eleitores que se estão borrifando para a democracia e o maior partido da oposição numa luta pela sucessão que equivalia no tempo do império romano a um António José Seguro com um punhal espetado nas costas (é curiosa a semelhança do seu cabelo encaracolado com o de então, só lhe falta uma túnica).
É este o cocktail explosivo que tem por costume provocar a intervenção dos militares e quando a fazem é precisamente em nome da defesa da Constituição, só que essa intromissão se inclina sempre para salvaguardar os seus próprios interesses e daqueles donos do capital que possuem o dinheiro para os satisfazer.
Revolução de cravos feita por milicianos fartos de estarem sujeitos a morrer em África, não haverá mais.