sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Mad Man um lugar na galeria das melhores

Ao longo dos anos, temos atualizado mentalmente uma galeria com as séries chamadas de culto, outros porém talvez tenham conseguido investir numa videoteca e conseguem a qualquer momento refrescar a memória a seu belo prazer. Suponho que a classificação de culto tenha a ver com a predisposição que temos que ter, para seguirmos todos os episódios porque senão perdemos o fio à meada do enredo.
Lembro-me de várias ao acaso e meto em parêntesis os principais atores, acabando alguns por se tornarem famosos no mundo do cinema: Homem Rico Homem Pobre (Peter Strauss, Nick Nolte); Pássaros Feridos (Richard Chamberlein, Rachel Ward, Jean Simmons); Norte Sul (Patrick Swayze); Família Belamy (Gordon Jackson, Jean Marsh, Angela Baddelay); Holocausto (Meryl Streep, James Woods); Bangkok Hilton (Nicole Kidman). Também cá no nosso canto Alves dos Reis, Um Seu Criado (Rui Luís Brás, Sofia Duarte Silva) e mais recentemente o Conta-me Como Foi (Miguel Guilherme, Rita Blanco). Por sua vez Dexter (Michael C. Hall, Jennifer Carpenter) devido a uma bolinha no ecrã que alertava para a violência, afastou muitas pessoas do seu seguimento, mas era um mal necessário para quem nos ia dar o prazer de fazer de nosso justiceiro solitário. Podíamos incluir o Espaço 1999 (Martin Landau, Barbara Bain), e o Colombo (Peter Falk), mas estas a qualquer momento conseguíamos desfrutar de um episódio sem andarmos às apalpadelas quanto ao seu seguimento. O Fugitivo (David Janssen, Barry Morse) e o Dallas (Larry Hagman, Patrick Duffy, Victoria Principal, Linda Gray) foram aquelas que nos agarraram, mas infelizmente tiveram o poder de nos enjoar e daí futuramente os produtores para além de evitar que isso acontecesse, têm maior facilidade nos contratos optando pela divisão em temporadas deixando sempre no fim de cada, uma ou mais situações não totalmente resolvidas ou com várias hipóteses de conclusão, de forma a cativar o espetador para a próxima.
É assim o que se passa com o Mentalista (Simon Baker, Robin Tunney) e principalmente com o Mad Man (Jon Hamm, Elisabeth Moss) que me fascinou ao dissecar um tema da época com adereços ajustados ao tempo retratado e pela excelente interpretação de todas as personagens, com realce para Don Draper que seria um gato vadio se fosse um animal irracional e Peggy Olson uma lutadora no então mundo laboral dos homens.