domingo, 25 de julho de 2010

Tanto deputado. Metade chegava e sobrava

De vez em quando passam nas nossas televisões imagens de sessões a decorrer em parlamentos de outros países, normalmente asiáticos ou do leste europeu, onde por vezes os eleitos expõem os seus pontos de vista à pancadaria. Costumamos analisá-las de forma sobranceira e com risos de desdém julgando-nos supostamente superiores e grandes democratas. Deve ser o mesmo que acontece com as populações daqueles países de grande tradição democrática ao olharem (se é que isso alguma vez acontece) para as imagens transmitidas do nosso Parlamento a debater o estado da Nação à gargalhada e às piadas uns para os outros.
Passos Coelho tem razão, há muita despesa supérflua a reduzir. Em vez de pretender aniquilar com os apoios sociais adquiridos com a implementação da democracia, ainda por cima numa altura destas, de crise mundial profunda onde a solidariedade é mais premente e que até nos próprios Estados Unidos se procura que todos de igual modo tenham direito à saúde, devia urgentemente propor a redução daquela maior parte de parasitas que parece que quando param pela Assembleia, é para a galhofa, adquirirem viagens ou navegarem pela Net, ficando até ofendidos se algum jornalista tenta espreitar por onde “andam”.