segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

A força do dinheiro

Andando pelos anos 70 o “Conta-me Como Foi” recorda-nos o que já esquecemos e entre outras coisas a ousadia das mulheres em usar calças. Não deixa de ser curioso, que enquanto estes episódios tentam palidamente fazer referências ao fascismo, eis que por outro lado surge dinheiro para branquear a imagem de Salazar e até têm mesmo a preocupação de fazer a escolha do actor Diogo Morgado (o bom galã da actualidade) que nunca conseguirá espelhar o cinismo tenebroso daquela figura.
Mas o dinheiro tudo compra, basta vermos a cobertura televisiva que foi dada ao Congresso do CDS e a que foi dada à Convenção do BE, tendo até este último maior expressão eleitoral do que o outro, só que não o capital.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Eça contínuava com assunto e Bordalo a caricaturar

Devido a uma investigação da polícia inglesa, já há bastantes semanas que se falava que um ministro do anterior Governo de António Guterres estava envolvido nas suspeitas de receber luvas no caso Freeport. Do nome nada se revelava, quem quisesse que subentendesse, mas como estamos habituados em que noutros casos sujos, transpira de imediato o nome do suspeito… alto lá que neste caso não, temos que somar dois mais dois. Continuando a fazer estas contas simples, também somos levados a perceber porque é que quando João Cravinho tem um projecto arrojado para a maioria poder atacar a corrupção, ele é chumbado e passa a ser tratado pelos restantes membros como pessoa non grata.
É evidente que todas estas semanas de insinuações, deram para que caso haja telhados de vidro, os responsáveis pudessem tomar todas as previdências para não serem partidos, e ninguém põe as mãos no lume a dizer que elas não foram tomadas, a todos os níveis e Ministérios. Tenta-se tapar o sol com a peneira. E se é tão legitimo pensar que é mais uma cabala para prejudicar um líder político em ano de eleições, também é legítimo pensar que as alterações feitas à pressa à ZPE e em fim de mandato, foi provavelmente para beneficio de algum grupo.
Para as outras formações politicas o momento não é propício a mudanças, estão com pouco estofo. Todos se escudam na necessidade da Justiça ser célere, tal como se dizia no caso Casa Pia e noutros tantos que acabam por deixar de ser moda. Mas todo este ruído talvez traga um ganho: a dissolução da A. R. para se coincidirem as eleições com as Europeias, pois não há pachorra para por três vezes durante um ano, estar a fazer escolhas de quem vai tomar conta do tacho com a tentação de o rapar no fim.