domingo, 27 de dezembro de 2009

Homomento, lebismento, gaymento

Afecto e carinho são atenções que o comum dos mortais necessita no seu dia a dia e com especial incidência no início e final de vida, sendo por vezes nesta última fase difícil ter por perto quem sempre os acompanhou.
Devido à força da natureza no que respeita à proliferação das espécies, os humanos e não só, são dotados de mais fêmeas do que machos, daí resultando a impossibilidade da constituição exacta do número de pares. Quando nos bailes ou festas se vêem duas mulheres abraçadas a dançarem ninguém liga, o que já não se admite quando são dois homens a fazer o mesmo, excepto no Carnaval que é uma época de escape para muita coisa. Também a condenação é menor se for um homem a trocar a mulher por outra ou ter uma amante, do que ser a mulher a usufruir de mais que um parceiro, pois a oferta em termos de fidelidade está longe de chegar a todas.
Havendo um grande leque de escolha por onde o homem possa encontrar carinho e compreensão, é difícil entender a não ser por uma deficiência hormonal, o porquê de ir buscar esse bem estar a alguém do mesmo sexo e ainda por cima pretender impor à sociedade alicerçada nos valores da família uma cerimónia de casamento. Na palavra casamento subentende-se de imediato que é a fidelização de um casal com sexos opostos. Ao referimo-nos a um casalinho de pombos ou quando vamos a uma loja comprar um casal de canários ou periquitos não nos passa pela cabeça que nos interpretem de forma a que nos estivéssemos a referir a um par com o mesmo sexo.
Se os homossexuais ou lésbicas pretendem perpetuar e legitimar o seu bom entendimento, que o façam de forma a não criarem perversamente choques com a sociedade. Preocupem-se em arranjar outro nome e indumentária para essa cerimónia e então a vertente brasileira do português que é tão fértil em inventar nomes só tem que fazer um pequeno esforço. Tudo leva a crer que propositadamente querem posteriormente ser tratados como casados e não como “homocados” ou “lesbicados” pois dessa forma, parece ser ideia deles, lhes facilita a tarefa para o passo seguinte que passa pela adopção de crianças, o que constituirá mais uma aberração da raça humana.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Velhice, um mal necessário

Todos os seres vivos, ou quase todos, estão condenados a atravessar um período de velhice até morrerem. É um final de vida caracterizado por uma perca progressiva de faculdades, que leva a certa altura os humanos a fazer comparações do seu aspecto actual com o de outras imagens, em que aparecem mais novos e nas quais as diferenças de dez anos apresentam sinais de decadência: cabelo a desaparecer, já para não falar de alguns dentes, além do aparecimento de gordura supérflua e também de se desenharem no rosto umas rugas, que até por vezes causam dificuldade em serem reconhecidos por outras pessoas que não vêem há alguns anos.
Somos levados a pensar, que não seria pedir muito que a partir dos sessenta anos o nosso corpo à excepção dos órgão internos, ficasse sempre na mesma até morrermos. Enfim, saberíamos que o resto da vida que nos estava destinado, até que os órgãos essenciais assim o permitissem, seria sempre gozado com a mesma qualidade: sem cataratas a dar cabo da nossa vista, tímpanos a definirem bem qualquer som , dentes sem apodrecerem, pele no limite do envelhecimento e ossos fortes.
No entanto é a procriação e o instinto animal para tal, que nos condena e faz com que transmitamos para outros parceiros os sinais de senilidade. Com oitenta anos por exemplo e ter um aspecto de sessenta, caía-se no risco de causar uma atracão a uma faixa etária mais nova (o que por vezes já acontece a quem procura velhos ou velhas com dinheiro), resultando daí um desvio anormal de acasalamentos, pondo em causa a sobrevivência da espécie. É fácil perceber se pensarmos numa flor e se ela não entrasse no processo de velhice, isto é se não murchasse e ficasse sempre viçosa até morrer. Muitos insectos, por exemplo as abelhas, seriam enganados ao desperdiçarem esforços à procura do pólen que já não existia criando por via disso um ciclo estéril, nada benéfico para o equilíbrio deste frágil planeta. Também temos seres que após atingirem o clímax ao contribuírem para a perpetuação da sua espécie, vão ao extremo de morrerem ou serem mortos resumindo desta forma a razão do seu aparecimento na terra.
A nós resta-nos desfrutar o lado bom da vida tal como ela é, mas infelizmente nem só velhos são os trapos por mais que nos queiramos enganar.