segunda-feira, 27 de junho de 2011

Sá Carneiro, o sonho realizado

Como na maioria dos países europeus a direita (nalguns até a extrema direita) ganhou o poder e para breve com a Espanha também se irá passar o mesmo. Entre abstenções, votos nulos e inválidos a grande vitória foi para quem se está marimbando para isto tudo e foram quase a metade dos eleitores. Em abono da verdade para quê utilizar a arma do povo (é assim que em tempos ouvi chamar) na escolha do destino do país, perdendo tempo numa deslocação quando eles entregam o poder a quem bem entendem e até mesmo a só quem teve apenas 11,70% dos votos. Poderia ser que depois de tanto discurso inflamado contra a falta de segurança, a má gestão do setor da agricultura e pescas, Paulo Portas fosse para ministro de alguma destas pastas e mostrasse o que valia. Mas não, tal como um bom submarino infiltrou-se no MNE que é o sitio ideal para quem não tem compromissos familiares e gosta de viajar. O compadrio é mesmo isto e então a tal retribuição do favor a Fernando Nobre foi algo por demais, insistindo o homem numa segunda volta de votação na Assembleia que ainda teve menos votos que na primeira e vá lá que teve o bom senso de desistir e não ir a uma terceira. Se era este o cérebro na orientação da AMI, que se poderá dizer ou esperar.
Enfim, cumpriu-se o sonho de Sá Carneiro uma maioria e um Presidente de direita, ficando o ramalhete composto com a curiosidade de nunca como agora termos estado tão perto dos tempos de Marcelo Caetano do Estado Novo. Mais uma vez a AD vai estar no poder, com a diferença que esta tem que lidar com as redes sociais e outros canais televisivos e radiofónicos sendo a mordaça à Comunicação Social mais difícil de aplicar. Já começaram e estavam tão impacientes que não deixou de ser curioso como o José Eduardo Moniz caiu de pára-quedas na RTP1, a tal que todos pagamos e ainda nem sequer a procissão está no adro.