quinta-feira, 22 de outubro de 2009

ACP, um partido de alguns automobilistas?

Por muito legitimas que sejam as razões do Sr. Carlos Barbosa quanto às criticas que faz sobre a gestão da Câmara Municipal de Lisboa, é de um desplante e de uma falta de respeito para com os sócios do ACP em servir-se da Revista deste Club para ao longo destes meses andar a fazer campanha política. É uma publicação que como qualquer outra tem custos e as suas páginas têm de ser criteriosamente seleccionadas e a sua quantidade que normalmente é restrita, ainda tem de ser patrocinada por outras repletas de publicidade.
O clímax destes desaforos foi atingido este mês após uma eleição em que por acaso o alvo desse massacre até ganhou a maioria, o tal que o artigo presenteia com o mimo “António Costa prejudica entradas em Lisboa por incompetência”. Serviram-se da sensibilidade que as crianças suscitam, para canalizarem dinheiro em várias páginas com fotografias dos pais nos seus bólides em filas de trânsito para as deixar mesmo à porta dos colégios particulares, os tais só para pessoas com rendimentos acima da média que claro transportes públicos nem vê-los, que é o que utilizariam se estivessem num outro país civilizado da Europa, onde se procura perseverar o ambiente.
Durante estes meses, uma Revista que se supõe servir os automobilistas de todo o território nacional, deverá ter causado certa estranheza aos habitantes do Porto, Coimbra ou Faro, que os seus problemas não sejam relatados. Impecáveis devem ser as Câmaras do PSD a tratarem da fluidez do tráfego.
Se o Presidente deste Club, que nitidamente é uma pessoa que estaria mais enquadrada na direcção de um partido político, concentrasse toda a atenção em defender o interesse de todos os sócios é o que nós tínhamos a ganhar, evitando por exemplo, que fossemos de cavalo para burro ao deixar os descontos da Repsol que claramente nas nossas estradas tem maior implementação que a BP.

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