quinta-feira, 14 de maio de 2009

Medidas urgentes contra o banditismo precisam-se

Numa altura em que os noticiários estão focados no vandalismo passado no bairro da Bela Vista, o programa semanal Prós e Contras vem pela segunda vez consecutiva massacrar-nos com as eleições europeias. Suponho que desta vez devido ao compromisso com os partidos que têm menos expressão, pois não é assim muito hábitual a Fátima C. Ferreira fugir ao tema mais badalado da semana, mas inesperadamente algo de tão grave não é trazido a debate.
Seria bom vermos o descaramento dos representantes mais à esquerda defenderem a tese de que o flagelo do desemprego justifica a prática do vandalismo. Aliás, o dirigente da CGTP Carvalho da Silva também desculpou os insultos e cuspidelas ao Vital Moreira com o mesmo argumento.
Antigamente justificava-se a proliferação de marginais devido às condições em que as crianças cresciam: nas barracas sem saneamento onde proliferava a promiscuidade. Mas mesmo assim, podia-se afirmar uma velha frase: vivemos em barracas mas somos honrados.
Presentemente, numa altura em que os nossos impostos vão servindo para alojar pessoas em bairros com condições minimamente decentes, que até de certa forma foi ao encontro da letra da canção do Sérgio Godinho, (em que umas das condições para haver liberdade a sério era haver habitação), eis que principalmente por deficiência de educação e ausência do sentido de família, os vândalos surgem que nem cogumelos. Na maior parte, desde pequenos que não prestam contas aos pais e abandonam a escola cedo, sem terem o sentido da responsabilidade e para eles o mal compensa. Se em pequenos, quem de direito devia “torcer o pepino” e não o fez, é a sociedade que urgentemente tem de criar mecanismos para que faça valer que o crime não compensa e as medidas a tomar têm que começar logo pelos mais novos.
Quem esteja mais atento já notou que lentamente se começa a passar do Car Jacking para a Casa Jacking e não é com estes efectivos policiais e esta Justiça e respectivo Código Penal que chegamos a bom porto.

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