sábado, 4 de outubro de 2008

Ainda Verão

O que aqui escrevo seria bem documentado com uma fotografia. Muita gente neste Sábado a passear à beira mar, o tempo convidava. Alguns nos chapéus e ao banho, teimam a que o verão só termine no calendário.
Reparo nos apoios de praia e a alguém eu ouvi dizer, que eram em demasiado número e feios. Na realidade também me pareceu, mesmo que para o Barbas sejam entregues dois (Já têm o nome de Barbas e Feel). Ele tem anunciado que amanhã vai ser o último dia de exploração do restaurante antigo e que fará a oferta da refeição, mas não à descrição. Imagino a barafunda que irá ser criada. Deve ser para aproveitar a ajudá-lo a partir aquilo tudo para dar início à demolição. Quanto a serem feios, isto vai depender da imaginação dos concessionários e publicitários, pois com aqueles plásticos autocolantes, como por exemplo usam para o mobiliário das esplanadas, muita coisa com gosto se poderá fazer.
Agora o que me impressionou foi a injecção dos milhões de metros cúbicos de areia nas praias, que caso assim se mantenha os veraneantes vão encontrar as velhas praias do Tarquino, Paraíso, Dragão Vermelho e Praia Nova com muito espaço para estender a toalha. Pareceu-me que o método utilizado de enchimento, baseia-se num tubo que entra pelo mar e a cem metros da costa está um barco draga que bombeia a areia para esse tubo. Chegada a areia, estão os bulldozers para a espalhar. As pessoas têm bastante reserva se a questão foi bem estudada, pois o tirar a areia de uma linha de costa mais avançada, parece que corresponde ao retirar de uma primeira defesa. O Inverno que é um forte aliado das grandes ondas, irá dar a resposta se não andaram a deitar o nosso dinheiro ao mar.
Qualquer das formas, correndo isto bem ou mal, há algo já destruído pelo Programa Polis que é a flagrante prova de que o Poder Autárquico por vezes age incorrectamente. Admira-me, que ao que julgo saber o presidente António Neves, não pertencendo à força política dominante, não tenha junto da máquina do seu partido denunciado e publicitado a contribuição para a desertificação do centro da Cidade, ao ser empurrado o terminal do Transpraia para um extremo. A ideia de juntá-lo ao novo terminal dos autocarros é demasiado simplista e negligenciaram o factor de que trazia muita gente para o centro, dando vida ao comércio. Parece esquecerem-se que a Costa não é só praia.

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