domingo, 27 de julho de 2008

SIC espreme a sua Galinha de Ovos de Ouro

Há várias Galinhas de Ovos de Ouro. Temos por exemplo uma, que dá pelo nome de automobilista, que nasce mal um humano começa a tirar a Carta de Condução e que qualquer Partido com responsabilidade governativa desata a espremê-la.
Outra por exemplo, nasceu da aquisição que a SIC fez das telenovelas da TV Globo, que por acaso é o melhor que esta estação tem, a seguir à Informação. A força de interpretação dos artistas e a veracidade dada aos personagens, é algo de espectacular. Para perceber isto, faz-se a comparação com as produções nacionais apresentadas pelo canal rival. Não que não haja actores portugueses de qualidade, eles existem, basta apreciar o “Conta-me Como Foi” e percebe-se que quando se quer juntar actores de categoria, consegue-se. Ou até mesmo, o naipe existente nas primeiras séries dos “Malucos do Riso”, na era João Carvalho filho de Rui de Carvalho. Aqui outro fenómeno de alteração de padrão (a espremidela de mais uma Galinha) em que a comédia é estragada pela introdução de fracos actores e ainda por cima com textos longos, a acabarem na maior parte das vezes com piadas sem graça ou gastas.
Quando o Nuno Santos veio da RTP, parecía que vinha com ele o respeito pelo espectadores. Em exibição mantinha-se uma telenovela que fica fiel ao horário até ao último episódio. Mas foi sol de pouca dura. Não resistiu, tinha que espremer a Galinha. Logo acabado o último episódio, que tinha o Duarte Lima no seu melhor, passaram a ser exibidas três, note-se: ora “Ciranda de Pedra”, ora “A Favorita” e a acabar “Duas Caras” cujo final já andavam a anunciar há três meses. Tudo ainda por cima a hora tardia, depois de se ter que aturar uma repetição do Camilo.
Enfim não há pachorra. Vão longe os tempos, em que no dia seguinte as pessoas podiam tecer comentários de apreciação às interpretações da telenovela que viam a horas decentes na noite anterior e todos sabiam do que se estava a falar. Agora não vale a pena. Uns vêm uma, outros outra, e por vezes a baralhada é tal que nem se sabe do que se fala, pelo que as opiniões que cada um apresentava simplesmete acabaram. Resta para além das notícias e desporto, uma conversa sobre o desempenho de um bom Concurso na televisão estatal, que costuma dar a horas decentes.
Pessoalmente, não consigo compreender como se investem dinheiros publicitários para aquilo. Tudo na SIC é para espremer e queimar. Uma última acha para a fogueira foi um tal de Daniel, que tão bem estava no “Só Visto”. Fica o mistério da longevidade da Fátima Lopes, que deverá ter uma personalidade bastante forte, para não permitir que a embarquem na política do mostra pernas e por vezes cuecas.

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