segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Costa da Caparica, os milhões de € deitados ao mar

Desde a adesão ao euro que a maior parte de nós, ou como mais vulgarmente antigamente se dizia, o povo, já sentiu (ou anda a sentir) na pele o custo das tais percentagens de comparticipação nas obras para o nosso suposto desenvolvimento. Muitas delas de utilidade duvidosa, tais como autoestradas com pouca utilização, e a construção dos 10 (DEZ) estádios para a realização do europeu de futebol de 2004, mas há outras positivas tais como o avanço de alguns programas polis e outras requalificações que nos dão um certo orgulho. Não é o caso da  Costa de Caparica que entre várias barbaridades teve o condão de afastar o terminal do ex-libris da cidade,  o Transpraia (comboio), para fora do centro em prejuízo do comércio local.
Recentemente ao passear pelo paredão à beira mar, dou conta de uns cartazes a justificarem os trabalhos nas praias e neles para além dos prazos para a sua realização, se lê os custos com a tal comparticipação europeia a cem por cento (aguenta Zé): 5 milhões de euros para a reposição de areias e mais 450 mil euros para o reordenamento do território. Perante isto que vai ser dinheiro deitado ao mar, porque a juntar ao lento aumento do nível do mar há invernos cada vez mais rigorosos, que não perdoam acabando por levar a areia, o que dirão por exemplo as populações de Ferreira do Alentejo e da Lousã. As primeiras devido à suspensão das obras do projeto de ligação do IP8 à A26, ficaram com mamarrachos de viadutos inacabados que não vão dar a lado nenhum e ainda por cima com as antigas vias de comunicação a esburacar. Às segundas prometeram a instalação do Metro Mondego e para isso também fizeram mexidas no terreno que não avançaram, com a agravante de terem retirado a linha de comboio que tinham.
Se o sistema eleitoral não tivesse feito para dar tachos a quem pulula pelos partidos, mas sim a eleger reais representantes locais, muitas contas tinham estes que prestar a quem neles votou e talvez tivessem vergonha na cara para se esforçarem a proteger e defender a terra à qual supostamente pertencem.

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