terça-feira, 11 de maio de 2010

Um Domingo cheio de emoções fortes

O espectacular comportamento de Frederico Gil na final de ténis do Estoril Open, foi completamente abafado pelo Benfica na prevista conquista do Campeonato Nacional de Futebol.
O espanhol Montagnes, já vencedor deste torneio de ténis no ano passado e agora após eliminar o primeiríssimo Roger Federer, ameaçou no segundo set de forma displicente e sobranceira, o português com dois match point que este soube rechaçar com o apoio irreverente do público. Os espectadores a partir daí entraram numa tal excitação, que pareciam evocar a Padeira de Aljubarrota acabando por valorizar a vitória do espanhol no terceiro set tendo este que lutar contra tudo e todos, mas aprendeu a lição de não deixar de ser humilde. É pena Frederico Gil não ter uma compleição física mais vocacionada para o ténis, isto é ser um pouco mais alto e esguio, porque com certeza outros triunfos alcançaria aproveitando o seu alto poder de concentração e postura calma, invejáveis a qualquer campeão.
Campeão foi mais uma vez o Benfica, que também teve a sua vitória valorizada pelo excelente comportamento do Braga e até mesmo o Rio Ave contribuiu para dar uma pitada de emoção no final da competição. O forte investimento do Benfica (não se percebendo bem de onde veio tanto dinheiro, mesmo havendo jogadores que o Porto surripiou numa tentativa de enfraquecer o clube ) foi bem trabalhado por todos os dirigentes e elenco técnico. De notar o trabalho de Jesus em conseguir fixar o guarda-redes, curiosamente não sendo para o Quim a época em que brilhasse com grandes defesas e também soube gerir a condição física do Aimar e Carlos Martins, interligando-os bem com Di Maria e Cardozo, este vencedor da Bola de Prata, troféu do melhor marcador. Influente também foi a acção de David Luís, que superou bem a lesão da época passada e após fazer uns auto-golos comprometedores passou a acertar na baliza certa. Foi-se impondo este novo treinador, também com a ajuda da atitude acertada do Rui Costa em se deixar de protagonismos e terminou sem conflitos com o mito Mantorras, que na prática apenas andava a servir para o histerismo dos adeptos africanos e ao mesmo tempo a manter no Clube a tradição ultramarina.
Como ultimamente tem sido hábito há a lamentar os excessos com vandalismo à mistura, que tiveram o expoente máximo em Braga reflectindo um mau perder já demonstrado nas palavras de Domingos. Nestes dias desatou a fazer uma retrospectiva de jogos anteriores arriscando-se a ir tão atrás no tempo de modo a nos perguntarmos se ele próprio não beneficiou de uma estrutura deixada por Jesus. Independentemente da vertente desportista andam por aí muitos jovens sem trabalho no corpo, estando folgados para andarem a causar distúrbios e quer se queira quer não os métodos policiais têm que ser aumentados e tecnicamente especializados. Aquelas imagens daquele vândalo em fúria a destruir património e mandá-lo para a água, têm de servir como exemplo para uma punição severa sendo a forma de demonstrar que a liberdade não pode ser confundida com libertinagem.

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