Quem assistiu a esta última
temporada do programa Voice Portugal e que perceba minimamente de música,
deveria ter ficado abismado em como é possível fazer pouco dos telespetadores e
principalmente dos mais fervorosos adeptos que pegam no telefone e gastam
dinheiro em chamadas. Os que gostam destes concursos televisivos, já estão
habituados ao envolvimento político que rodeia o festival da eurovisão da
canção, mas este no nosso "cantinho" foi por demais vergonhoso. É
triste como aqueles profissionais já com excelentes provas dadas e com
bastantes fãs, se prestem a contribuir para aquela farsa onde uma miúda
estrangeira com voz de cana rachada se sobrepõe ao longo de várias emissões a
muitas outras vozes de excelente qualidade. Por muitos países este concurso é
exibido, não sendo a primeira vez que um concorrente com raízes de outra nação
participa e que pela sua qualidade faça boa figura, mas este caso português foi
ao ponto de trazer figuras pressionantes para a plateia a darem um empurram, e
uma mentora com a teatralidade de surpresa como se não soubesse que lá estão.
Mas isto não se ficou por aqui, ainda houve o caso da aspirante a cantora ter
uma má entrada numa música, com a aspirante a atriz em pânico de braços no ar a
pedir calma. Numa noite a rapariguita chegou a ser eliminada, mas por artes
mágicas com telefonemas como pretexto, tornou a voltar. Quem nessa noite se
tivesse deitado com a noção de ter sido feita justiça e ficado os melhores
concorrentes, acordou no dia seguinte com a timorense lá metida outra vez.
Também não deixou de ser curioso, que na final muitos gritos se ouviam da
plateia para os telespetadores darem o seu voto à portuguesa, mas no final
quando se soube da vitória da adversária nem um assobio se ouviu, pudera senão
lá se iam os convites para outras fantochadas.
Boas praias são as de Timor.
Sem comentários:
Enviar um comentário