Tal como o anjinho e o diabinho
que temos em cima de cada ombro, assim é o Facebook. Um dos lados positivo, é
ver a evolução daqueles que passados tantos anos num contato praticamente
diário connosco, nos fazem agora passar pela mente filmes curiosos sobre a
importância que dávamos às situações de então. Por outro lado e de forma
negativa, é a maior parte dos utilizadores lá escrever como se tivesse a pegar
num megafone ou num microfone ligado a um amplificador e a dirigir-se a uma
sala ou até mesmo um pavilhão cheio de amigos. Raramente isso nos acontece,
salvo algumas ocasiões especiais tais como casamentos, batizados ou almoços de
confraternização e nessas situações ninguém se lembra de estar a dizer pela
boca fora opiniões politicas, religiosas ou futebolísticas. Se por acaso isso
acontece, nós estamos normalmente em salas de convívio, cafés ou mesmo no local
de trabalho cara à cara com as pessoas e ou acham piada e respondem a bem, ou
não acham e se arreliam respondendo mal e neste momento surgem os grupos cada
um com a sua opinião apoiando aqueles com quem mais concordam e até por vezes
aparecem outros que se juntam a ajudar a encontrar convergências de ideias. Não
é à toa que o Facebook tem a ferramenta dos grupos, para que desta forma se
possam expressar os pontos de vista que têm em comum sem estarem a ofender por
vezes involuntariamente outros que também são amigos. Uma grande percentagem
dos jovens apresenta um grande desinteresse por este meio de comunicação por se
acharem controlados naquilo que dizem ou fazem, esquecendo-se que têm para seu
uso processos para canalizar o seu modo de pensar e estar, para quem bem
entenderem.
Cá por mim prefiro escrever no
Blog, porque descrevo através de um prisma um olhar pela vida e que passados uns
anos acharei graça em reler e talvez, quem sabe, possa reparar que olhei pela face errada. Além
disso, só procura os textos quem se sinta de alguma forma identificado com o
que leem, mesmo que não seja totalmente.
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