Há uns anos (o tempo passa a correr) no "face" alguém ferrenho de uma equipa rival e no calor de alguma picardia, chamava carneirada aos sportinguistas. Eu como adepto verde e branco desde pequenino, (ainda estou para saber de alguém que tenha trocado de clube), fiquei naturalmente ofendido até porque não fazia parte dessa picardia, mas ignorei pois as redes sociais são como os casamentos, para o bem e para o mal. Entretanto, perante aqueles vergonhosos acontecimentos de Alcochete, tive de dar a mão à palmatória e reconhecer que uma cambada de carneiros estava a destruir uma grande equipa de futebol, até com bastantes selecionáveis. Um prejuízo de milhões para o clube e penso que por muito menos décadas atrás, alguém à frente do destino de uma equipa rival , foi parar à cadeia.
Com esforço, dedicação, devoção e glória alguns históricos lá conseguiram que a ovelha ranhosa fosse afastada e o Dr. Frederico Varandas conseguiu ser eleito pelos sócios para levar um barco cheio de amotinados a bom porto. Os meses foram passando mas no estádio forças anti união dos sportinguistas estavam sempre a causar instabilidade à equipa e jogar em Alvalade era como se a relva fosse saibro. Mas eis que a pandemia tal como um mal que veio por bem, correu com essa vil gente fora dos estádios e a equipa de futebol onze, passados quase vinte anos conseguiu a três jornadas do fim ser campeã. Tenho a firme convicção, perante os reforços que no início os rivais fizeram e com o apoio dos respetivos adeptos um deles seria campeão, pois não é em vão que os apoiantes são chamados de 12.º jogador.
Terminaria este texto com um "viva o Sporting", mas o presidente que tão altruísta foi como médico a querer salvar vidas do Covid19, voluntariando-se nas forças armadas, foi o mesmo que permitiu para além de ecrãs gigantes junto ao estádio com DJ, a descida do autocarro às tantas da manhã pelas avenidas em caos até ao marquês, pondo sabe-se lá, quantas vidas em risco como se esta competição tivesse a decorrer sem pandemia.
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