Desde a adesão ao euro que a
maior parte de nós, ou como mais vulgarmente antigamente se dizia, o povo, já
sentiu (ou anda a sentir) na pele o custo das tais percentagens de
comparticipação nas obras para o nosso suposto desenvolvimento. Muitas delas de
utilidade duvidosa, tais como autoestradas com pouca utilização, e a construção
dos 10 (DEZ) estádios para a realização do europeu de futebol de 2004, mas há
outras positivas tais como o avanço de alguns programas polis e outras
requalificações que nos dão um certo orgulho. Não é o caso da Costa de Caparica que entre várias barbaridades
teve o condão de afastar o terminal do ex-libris da cidade, o Transpraia (comboio), para fora do centro
em prejuízo do comércio local.
Recentemente ao passear pelo
paredão à beira mar, dou conta de uns cartazes a justificarem os trabalhos nas
praias e neles para além dos prazos para a sua realização, se lê os custos com
a tal comparticipação europeia a cem por cento (aguenta Zé): 5 milhões de euros
para a reposição de areias e mais 450 mil euros para o reordenamento do
território. Perante isto que vai ser dinheiro deitado ao mar, porque a juntar
ao lento aumento do nível do mar há invernos cada vez mais rigorosos, que não perdoam
acabando por levar a areia, o que dirão por exemplo as populações de Ferreira
do Alentejo e da Lousã. As primeiras devido à suspensão das obras do projeto de
ligação do IP8 à A26, ficaram com mamarrachos de viadutos inacabados que não
vão dar a lado nenhum e ainda por cima com as antigas vias de comunicação a
esburacar. Às segundas prometeram a instalação do Metro Mondego e para isso
também fizeram mexidas no terreno que não avançaram, com a agravante de terem
retirado a linha de comboio que tinham.
Se o
sistema eleitoral não tivesse feito para dar tachos a quem pulula pelos
partidos, mas sim a eleger reais representantes locais, muitas contas tinham
estes que prestar a quem neles votou e talvez tivessem vergonha na cara para se
esforçarem a proteger e defender a terra à qual supostamente pertencem.
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